Falta transponder / Sem aparelho anticolisão,dois aviões da Passaredo podem ter certificado cassado a partir de agosto
Por DANIELLE CASTRO, Gazeta de Ribeirão
danielle.castro@gazetaderibeirao.com.br
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Duas das quatro aeronaves da frota da Passaredo, uma das três companhias aéreas que operam no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, podem ter as licenças para voar caçadas pela Agência Nacional de Aviação (Anac) a partir de 4 de agosto. O motivo é a falta de um equipamento anticolisão obrigatório, o Traffic Allert and Collision Avoidance System (TCAS II), exigido por lei desde janeiro de 2006 para aviões com mais de 19 passageiros e peso superior a 5,7 toneladas.
Uma terceira aeronave da Passaredo, que possui apenas a primeira geração do alerta, o TCAS I, também terá que ser regularizada, com prazo até 31 de dezembro. A empresa é uma das dez companhias que receberam ontem a intimação da Anac avisando da suspensão do certificado de aeronavegabilidade por irregularidade.
A Anac informou ainda que as empresas intimadas deverão entregar, até 18 de julho, uma nova programação de linhas aéreas já excluindo os vôos das aeronaves problemáticas. Os clientes que compraram passagens ou contrataram serviços de transporte aéreo de carga das aeronaves sem o TCAS II poderão pedir reembolso, caso sejam afetados pelas mudanças na malha aérea, das companhias irregulares.
Para regularizar a situação das aeronaves, as companhias terão que comprovar junto à agência a instalação do TCAS II.
Em nota, a Passaredo declarou que desde 2006 tem buscado "estabelecer um cronograma de instalações do aparelho" nas aeronaves da frota e que se baseava no prazo anterior, até 2009, dado pela Anac.
A empresa afirmou que já está tomando as providências exigidas pela Anac e que "garante aos passageiros que não suspenderá qualquer operação aérea. A Passaredo, que também opera em Franca, possui aviões do tipo Brasília EMB120 Turbo Hélicevôos e tem vôos para nove destinos em Ribeirão: Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Uberlandia (MG), Barreras (BA), Vitória da Conquista (BA), Salvador (BA), Guarulhos (SP), Goiânia (GO) e Cuiabá (MT).
A companhia também mantém parceria com a TAM, com quem divide conexões pelo País. De acordo com a agência, a circulação das aeronaves sem o chamado "transponder" não representa um perigo imediato devido ao trabalho dos controladores de torre, mas as empresas já haviam sido informadas da necessidade de instalarem o equipamento em novembro de 2007, quando assumiu a atual gestão da Anac.
Em 2006, um boeing da Gol colidiu com um jato Legacy americano matando 154 pessoas. O problema teria sido a dificuldade de interpretação do equipamento de segurança da aeronave, mas também está sendo investigada uma possível falha do controle aéreo.
Plano de segurança deve ser renovado neste semestre
Feito em 1980 e vencido desde 2001, o Plano de Segurança Aeroviário do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, deve ser renovado neste semestre. Antes a proposta era elaborada pela Anac, mas, com as novas normas, a responsabilidade passou a ser dos estados.
Segundo o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), com a aprovação do plano ficará mais fácil pleitear investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). A recomendação da Anac aos governos estaduais foi a de priorizar a vocação de cada aeroporto, que no caso de Ribeirão é definida como atendimento regional.
O Daesp informou ainda que a Anac planeja uma inspeção das aeronaves que atuam no Leite Lopes também nos próximos meses.
TERMINAL
A obra de ampliação do terminal de passageiros do aeroporto Leite Lopes começa neste mês, de acordo com o departamento aeroviário, e ficou orçada em R$ 6,581 milhões. O contrato com a empresa vencedora da licitação, a paulista D. P. Barros, será assinado na semana que vem.
A empreiteira terá 12 meses para entregar a obra pronta e não deve comprometer o funcionamento ou trânsito do aeroporto.
danielle.castro@gazetaderibeirao.com.br
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Duas das quatro aeronaves da frota da Passaredo, uma das três companhias aéreas que operam no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, podem ter as licenças para voar caçadas pela Agência Nacional de Aviação (Anac) a partir de 4 de agosto. O motivo é a falta de um equipamento anticolisão obrigatório, o Traffic Allert and Collision Avoidance System (TCAS II), exigido por lei desde janeiro de 2006 para aviões com mais de 19 passageiros e peso superior a 5,7 toneladas.
Uma terceira aeronave da Passaredo, que possui apenas a primeira geração do alerta, o TCAS I, também terá que ser regularizada, com prazo até 31 de dezembro. A empresa é uma das dez companhias que receberam ontem a intimação da Anac avisando da suspensão do certificado de aeronavegabilidade por irregularidade.
A Anac informou ainda que as empresas intimadas deverão entregar, até 18 de julho, uma nova programação de linhas aéreas já excluindo os vôos das aeronaves problemáticas. Os clientes que compraram passagens ou contrataram serviços de transporte aéreo de carga das aeronaves sem o TCAS II poderão pedir reembolso, caso sejam afetados pelas mudanças na malha aérea, das companhias irregulares.
Para regularizar a situação das aeronaves, as companhias terão que comprovar junto à agência a instalação do TCAS II.
Em nota, a Passaredo declarou que desde 2006 tem buscado "estabelecer um cronograma de instalações do aparelho" nas aeronaves da frota e que se baseava no prazo anterior, até 2009, dado pela Anac.
A empresa afirmou que já está tomando as providências exigidas pela Anac e que "garante aos passageiros que não suspenderá qualquer operação aérea. A Passaredo, que também opera em Franca, possui aviões do tipo Brasília EMB120 Turbo Hélicevôos e tem vôos para nove destinos em Ribeirão: Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Uberlandia (MG), Barreras (BA), Vitória da Conquista (BA), Salvador (BA), Guarulhos (SP), Goiânia (GO) e Cuiabá (MT).
A companhia também mantém parceria com a TAM, com quem divide conexões pelo País. De acordo com a agência, a circulação das aeronaves sem o chamado "transponder" não representa um perigo imediato devido ao trabalho dos controladores de torre, mas as empresas já haviam sido informadas da necessidade de instalarem o equipamento em novembro de 2007, quando assumiu a atual gestão da Anac.
Em 2006, um boeing da Gol colidiu com um jato Legacy americano matando 154 pessoas. O problema teria sido a dificuldade de interpretação do equipamento de segurança da aeronave, mas também está sendo investigada uma possível falha do controle aéreo.
Plano de segurança deve ser renovado neste semestre
Feito em 1980 e vencido desde 2001, o Plano de Segurança Aeroviário do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, deve ser renovado neste semestre. Antes a proposta era elaborada pela Anac, mas, com as novas normas, a responsabilidade passou a ser dos estados.
Segundo o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), com a aprovação do plano ficará mais fácil pleitear investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). A recomendação da Anac aos governos estaduais foi a de priorizar a vocação de cada aeroporto, que no caso de Ribeirão é definida como atendimento regional.
O Daesp informou ainda que a Anac planeja uma inspeção das aeronaves que atuam no Leite Lopes também nos próximos meses.
TERMINAL
A obra de ampliação do terminal de passageiros do aeroporto Leite Lopes começa neste mês, de acordo com o departamento aeroviário, e ficou orçada em R$ 6,581 milhões. O contrato com a empresa vencedora da licitação, a paulista D. P. Barros, será assinado na semana que vem.
A empreiteira terá 12 meses para entregar a obra pronta e não deve comprometer o funcionamento ou trânsito do aeroporto.
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