O melhor candidato e o Bar de Osório.
A partir de hoje Vitória da Conquista tem definidos os nomes dos pleiteantes a Prefeitura Municipal. São três nomes muito bons. Tenho por eles uma admiração enorme. Diria que me encontro numa encruzilhada. Estou acabrunhado. Só tenho um voto. Se pudesse votaria nos três. Ah, como é bom votar! O único defeito do voto é esse: a gente só pode votar em um. Conquista, neste sentido, está bem servida. Como a justiça eleitoral não permite comentários a respeito dos pleiteantes (êta democracia castradora!), evito falar do perfil de cada um.
Isso não impede, entretanto, de eu falar algumas bobagens (como sempre) a respeito de políticos e política. Um dos políticos que me vem à mente é, imaginem, o grande Otto Von Bismarck (chanceler alemão, Pai da Previdência Social). Bismarck era um homem extremamente espirituoso. Sobre a ação das mentiras na vida das pessoas, dizia ele em uma de suas deliciosas tiradas: “Nunca se mente tanto quanto num início de uma campanha política; no meio de uma guerra ou no fim de uma caçada...!” (ah, ah, ah,). É evidente que nossos candidatos, honestos e honrados como são, sabem demais sobre as implicações de mentirem em suas campanhas. E, tenho certeza, não farão isso. São homens com uma vida pública por demais conhecida, portanto, toda a cidade sabe quem eles são, o que pretendem, quem os acompanham, o que podem e o que não podem, quais são os seus pontos fortes (e fracos) e assim por diante...
Que são bons, não temos dúvida. Interessante é que são pessoas com educação formal totalmente diferente. São oriundos de fontes intelectuais e profissionais diversas, mas todos com uma visão de administração inteiramente voltada para o bem de nossa cidade, de nossa comunidade. Dois são conquistenses natos (Esmeraldino Correia e Herzem Gusmão) e o terceiro, nascido em Iguaí (Guilherme Menezes). Os três cultivam pela nossa terra um amor extremado. Os olhos de cada um brilham quando pensam na possibilidade de ser prefeito da Cidade. Prá ser sincero, quem não gostaria de ser prefeito de uma cidade como Vitória da Conquista? Acho que até eu (infelizmente o povo não me quer...).
A cidade está pulsando. Pulsa porque foi a que mais cresceu nos últimos anos no Nordeste e por isso está entre as 80 melhores do País. Isso é gostoso demais. Estava conversando com amigos gaúchos e paranaenses que moram aqui há muito tempo e eles repetem o amor pela nossa cidade. Engraçado é eles pensarem que sou conquistense (e eu também). Cheguei aqui há tanto tempo – mais de 50 anos - que me sinto como se tivesse nascido no Bairro Sumaré. Êta cidade gostosa!!!
A cidade tem seus redutos de discussão política/econômico-social que são verdadeiros institutos do pensamento. Um desses é o Bar do Osório (Avenida João Pessoa). No Bar de Ozorinho, como é chamado carinhosamente o proprietário, a política agora é o centro do converseiro. Figuras históricas como Mica Borba, Ronaldo Pinto, Capitão Ubaldino, Paulo Cutu, Nivaldo da Receita, Olivério Lopes, Faé e outros grandes conquistenses, geralmente engrenam a conversa puxando pela política. Até o Vasco, paixão do dono da Casa, fica em segundo plano. Evidentemente, afirmo isso, mas advirto que se João Usura passar por lá a coisa muda um pouco. É que o nosso amigo João quando passa em Ozorinho é sinal de que alguém “famoso” deu um infarto ou morreu. Quando ele não passa, significa que ninguém conhecido na cidade “viajou”. Como dizia, o Bar de Osório é um Fórum avançado da teoria política e da memória cultural de nossa Terra. Todos os freqüentadores defendem suas teses com a mais absoluta independência. É claro que o ambiente é constituído dos mais variados matizes ideológicos. Mas nem por isso há desavenças. Uns defendem o Lula, outros atacam. Uns defendem o Fernando Henrique, outros atacam. Ao final, por incrível que pareça, ninguém se entende e tudo fica bem. Quem freqüentou ou freqüenta Bar, sabe que é assim que funcionam todos. Ninguém se entende, mas todos se irmanam num belo diálogo de surdos (igualzinho ao Senado). É uma beleza!
Os freqüentadores de Ozorinho são geralmente calejados (pela estrada da vida). Portanto, sabem de coisas do arco da velha. Riem, falam baixo quando querem sacanear alguém e depois vão para as suas casas, com aquela cara de quem jamais vai revelar o voto. O voto é secreto, dizem com muita autoridade. Mas nunca se esquecem de encher a bola dos nossos candidatos. Ainda bem que temos três muito bons. É só botar a mão na consciência ou no coração e votar nele, o melhor. Um abraço cordial e até a próxima.
Paulo Pires
(*) Professor UESB-FAINOR.
A partir de hoje Vitória da Conquista tem definidos os nomes dos pleiteantes a Prefeitura Municipal. São três nomes muito bons. Tenho por eles uma admiração enorme. Diria que me encontro numa encruzilhada. Estou acabrunhado. Só tenho um voto. Se pudesse votaria nos três. Ah, como é bom votar! O único defeito do voto é esse: a gente só pode votar em um. Conquista, neste sentido, está bem servida. Como a justiça eleitoral não permite comentários a respeito dos pleiteantes (êta democracia castradora!), evito falar do perfil de cada um.
Isso não impede, entretanto, de eu falar algumas bobagens (como sempre) a respeito de políticos e política. Um dos políticos que me vem à mente é, imaginem, o grande Otto Von Bismarck (chanceler alemão, Pai da Previdência Social). Bismarck era um homem extremamente espirituoso. Sobre a ação das mentiras na vida das pessoas, dizia ele em uma de suas deliciosas tiradas: “Nunca se mente tanto quanto num início de uma campanha política; no meio de uma guerra ou no fim de uma caçada...!” (ah, ah, ah,). É evidente que nossos candidatos, honestos e honrados como são, sabem demais sobre as implicações de mentirem em suas campanhas. E, tenho certeza, não farão isso. São homens com uma vida pública por demais conhecida, portanto, toda a cidade sabe quem eles são, o que pretendem, quem os acompanham, o que podem e o que não podem, quais são os seus pontos fortes (e fracos) e assim por diante...
Que são bons, não temos dúvida. Interessante é que são pessoas com educação formal totalmente diferente. São oriundos de fontes intelectuais e profissionais diversas, mas todos com uma visão de administração inteiramente voltada para o bem de nossa cidade, de nossa comunidade. Dois são conquistenses natos (Esmeraldino Correia e Herzem Gusmão) e o terceiro, nascido em Iguaí (Guilherme Menezes). Os três cultivam pela nossa terra um amor extremado. Os olhos de cada um brilham quando pensam na possibilidade de ser prefeito da Cidade. Prá ser sincero, quem não gostaria de ser prefeito de uma cidade como Vitória da Conquista? Acho que até eu (infelizmente o povo não me quer...).
A cidade está pulsando. Pulsa porque foi a que mais cresceu nos últimos anos no Nordeste e por isso está entre as 80 melhores do País. Isso é gostoso demais. Estava conversando com amigos gaúchos e paranaenses que moram aqui há muito tempo e eles repetem o amor pela nossa cidade. Engraçado é eles pensarem que sou conquistense (e eu também). Cheguei aqui há tanto tempo – mais de 50 anos - que me sinto como se tivesse nascido no Bairro Sumaré. Êta cidade gostosa!!!
A cidade tem seus redutos de discussão política/econômico-social que são verdadeiros institutos do pensamento. Um desses é o Bar do Osório (Avenida João Pessoa). No Bar de Ozorinho, como é chamado carinhosamente o proprietário, a política agora é o centro do converseiro. Figuras históricas como Mica Borba, Ronaldo Pinto, Capitão Ubaldino, Paulo Cutu, Nivaldo da Receita, Olivério Lopes, Faé e outros grandes conquistenses, geralmente engrenam a conversa puxando pela política. Até o Vasco, paixão do dono da Casa, fica em segundo plano. Evidentemente, afirmo isso, mas advirto que se João Usura passar por lá a coisa muda um pouco. É que o nosso amigo João quando passa em Ozorinho é sinal de que alguém “famoso” deu um infarto ou morreu. Quando ele não passa, significa que ninguém conhecido na cidade “viajou”. Como dizia, o Bar de Osório é um Fórum avançado da teoria política e da memória cultural de nossa Terra. Todos os freqüentadores defendem suas teses com a mais absoluta independência. É claro que o ambiente é constituído dos mais variados matizes ideológicos. Mas nem por isso há desavenças. Uns defendem o Lula, outros atacam. Uns defendem o Fernando Henrique, outros atacam. Ao final, por incrível que pareça, ninguém se entende e tudo fica bem. Quem freqüentou ou freqüenta Bar, sabe que é assim que funcionam todos. Ninguém se entende, mas todos se irmanam num belo diálogo de surdos (igualzinho ao Senado). É uma beleza!
Os freqüentadores de Ozorinho são geralmente calejados (pela estrada da vida). Portanto, sabem de coisas do arco da velha. Riem, falam baixo quando querem sacanear alguém e depois vão para as suas casas, com aquela cara de quem jamais vai revelar o voto. O voto é secreto, dizem com muita autoridade. Mas nunca se esquecem de encher a bola dos nossos candidatos. Ainda bem que temos três muito bons. É só botar a mão na consciência ou no coração e votar nele, o melhor. Um abraço cordial e até a próxima.
Paulo Pires
(*) Professor UESB-FAINOR.
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