Mais de 14 mil estudantes baianos estão inadimplentes com o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal. O volume representa cerca de 30% do total de 47.360 beneficiados com o Fies no estado.
Para tentar reduzir esse índice, a Caixa Econômica Federal (CEF) decidiu renegociar os débitos dos devedores. Só terá direito a recalcular a dívida aquele que estiver em débito por no mínimo 60 dias, a contar de 20 de novembro de 2007, e permanecer na mesma situação até a data da renegociação. O contrato também precisa estar na última fase de amortização.
O interessado em renegociar a dívida deve comparecer a uma das agências da Caixa, preferencialmente na filial onde ele efetuou o contrato do financiamento. Ele tem que apresentar um fiador, que tenha renda de no mínimo duas vezes o valor da nova prestação calculada. No ato de fechar o novo acordo, o inadimplente também tem que desembolsar o valor de pelo menos uma parcela.
Outra exigência é que o aluno não tenha ação judicial em andamento. Caso o estudante tenha pendências com a Justiça, a renegociação deve ser formalizada em juízo e o estudante deve efetuar o pagamento das custas processuais e dos honorários do advogado, para que o processo seja suspenso.
O estudante pode optar entre três formas de renegociação: reparcelar o saldo devedor dentro do prazo remanescente; reparcelar o saldo devedor dentro do dobro do saldo remanescente ou reparcelar o saldo devedor de modo que a nova prestação fique com o mesmo valor da anterior. Em todos os casos, o saldo devedor inclui as prestações vencidas.
“Nosso objetivo é oferecer boas condições de renegociação aos estudantes e facilitar o pagamento de suas dívidas, adequando as prestações à capacidade de pagamento do aluno”, declarou o vice-presidente de Governo e Loterias da Caixa, Moreira Franco.
Perfil do devedor é diversificado - Segundo o gerente regional de negócios da CEF em Salvador, José Ronaldo Cunha Maia, o perfil dos inadimplentes é bastante diversificado. “Não há apenas pessoas de baixa renda ou desempregadas. Há aqueles que não pagam porque não querem mesmo, preferem empurrar a dívida e considerar outras prioridades”, comentou. “Os inadimplentes precisam ter a consciência de que ao deixar de pagar o Fies, estão tirando a oportunidade de outros estudantes. Outros só poderão ser beneficiados se o dinheiro emprestado voltar”, acrescentou.
Para a estudante Danúsia Ferreira Lima, a alegria pela conclusão do curso de biologia se transformou em preocupação e transtorno. Depois de passar o primeiro ano pagando R$73 por mês no Fies, ela teve a prestação elevada para R$388. “Não tinha condições nenhuma de pagar esse valor. Para não ficar inadimplente, preferi contratar um advogado para tentar reduzir a prestação. A faculdade alegou que o aumento ocorreu porque eu passei a cursar bem mais disciplinas a partir do segundo ano, mas ainda sim os juros são exorbitantes”, ressalta.
O índice de inadimplência na Bahia também ultrapassou a média nacional, de 25%, sendo que em todo o país, em torno de 500 mil universitários contam com o Fies. “A situação ficou tão grave que pedimos a intervenção de escritórios de cobrança. Já chegamos a reduzir o índice para 12%, o que ainda é extremamente alto, mas a todo momento a situação foge do nosso controle”, disse o gerente.
O Fies é destinado a financiar a graduação no ensino superior de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente matriculados em instituições de ensino não gratuitas, credenciadas na CEF. O programa financia até 50% do valor da mensalidade, com juros de 6,5% ao ano.
Correio da Bahia
Para tentar reduzir esse índice, a Caixa Econômica Federal (CEF) decidiu renegociar os débitos dos devedores. Só terá direito a recalcular a dívida aquele que estiver em débito por no mínimo 60 dias, a contar de 20 de novembro de 2007, e permanecer na mesma situação até a data da renegociação. O contrato também precisa estar na última fase de amortização.
O interessado em renegociar a dívida deve comparecer a uma das agências da Caixa, preferencialmente na filial onde ele efetuou o contrato do financiamento. Ele tem que apresentar um fiador, que tenha renda de no mínimo duas vezes o valor da nova prestação calculada. No ato de fechar o novo acordo, o inadimplente também tem que desembolsar o valor de pelo menos uma parcela.
Outra exigência é que o aluno não tenha ação judicial em andamento. Caso o estudante tenha pendências com a Justiça, a renegociação deve ser formalizada em juízo e o estudante deve efetuar o pagamento das custas processuais e dos honorários do advogado, para que o processo seja suspenso.
O estudante pode optar entre três formas de renegociação: reparcelar o saldo devedor dentro do prazo remanescente; reparcelar o saldo devedor dentro do dobro do saldo remanescente ou reparcelar o saldo devedor de modo que a nova prestação fique com o mesmo valor da anterior. Em todos os casos, o saldo devedor inclui as prestações vencidas.
“Nosso objetivo é oferecer boas condições de renegociação aos estudantes e facilitar o pagamento de suas dívidas, adequando as prestações à capacidade de pagamento do aluno”, declarou o vice-presidente de Governo e Loterias da Caixa, Moreira Franco.
Perfil do devedor é diversificado - Segundo o gerente regional de negócios da CEF em Salvador, José Ronaldo Cunha Maia, o perfil dos inadimplentes é bastante diversificado. “Não há apenas pessoas de baixa renda ou desempregadas. Há aqueles que não pagam porque não querem mesmo, preferem empurrar a dívida e considerar outras prioridades”, comentou. “Os inadimplentes precisam ter a consciência de que ao deixar de pagar o Fies, estão tirando a oportunidade de outros estudantes. Outros só poderão ser beneficiados se o dinheiro emprestado voltar”, acrescentou.
Para a estudante Danúsia Ferreira Lima, a alegria pela conclusão do curso de biologia se transformou em preocupação e transtorno. Depois de passar o primeiro ano pagando R$73 por mês no Fies, ela teve a prestação elevada para R$388. “Não tinha condições nenhuma de pagar esse valor. Para não ficar inadimplente, preferi contratar um advogado para tentar reduzir a prestação. A faculdade alegou que o aumento ocorreu porque eu passei a cursar bem mais disciplinas a partir do segundo ano, mas ainda sim os juros são exorbitantes”, ressalta.
O índice de inadimplência na Bahia também ultrapassou a média nacional, de 25%, sendo que em todo o país, em torno de 500 mil universitários contam com o Fies. “A situação ficou tão grave que pedimos a intervenção de escritórios de cobrança. Já chegamos a reduzir o índice para 12%, o que ainda é extremamente alto, mas a todo momento a situação foge do nosso controle”, disse o gerente.
O Fies é destinado a financiar a graduação no ensino superior de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente matriculados em instituições de ensino não gratuitas, credenciadas na CEF. O programa financia até 50% do valor da mensalidade, com juros de 6,5% ao ano.
Correio da Bahia
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