Juscelino Souza, A TARDE
XX
“Fiquei sem dinheiro pra fazer a feira e comprar meus remédios”, lamentou Maria Barreto Dias, 69 anos, uma das mais de 300 vítimas de um golpe aplicado por crackers paulistas em clientes do Banco do Brasil de Itambé (a 566 km de Salvador). As vítimas foram aposentados e pensionistas que recebem seus benefícios por meio desta agência bancária.
Com a cópia de uma queixa registrada na delegacia local, a aposentada aguardava a vez de ser atendida na agência para fazer a troca de senha e pedir o ressarcimento de R$ 420 desviados pelos golpistas. Os valores desviados variam de R$ 200 a
R$ 1.020. O montante furtado deve ultrapassar R$ 120 mil.
O gerente da agência, Manoel Leal, informou apenas que mais de 90% das senhas dos aposentados e pensionistas foram bloqueadas, e a maioria delas trocada. Ainda segundo a gerência, até terça-feira, o banco deverá ressarcir as vítimas. “Infelizmente não posso entrar em detalhes sobre os valores desviados, nem quanto ao número de pessoas lesadas”, finalizou.
O golpe foi detectado na manhã de quarta-feira, 7, quando grande parte das vítimas procurou a agência para fazer a retirada dos valores depositados em conta. “Quando fui conferir o saldo, só tinha R$ 5 e levei um susto danado. Até pensei que fosse o desconto do empréstimo, mas disseram que foi roubo”, relatou uma das vítimas.
SAQUES – De acordo com uma das atendentes da delegacia local, Érica Oliveira, em uma semana a equipe atendeu 293 vítimas de saques indevidos, sendo que a maioria dos golpes partiu de agências localizadas no interior de São Paulo. “O que eles (os crackers) deixavam nas contas variava entre R$ 5 e R$ 6”.
Para fazer o atendimento em tempo hábil, os plantonistas tiveram que fazer hora extra, desde quarta-feira passada, ouvindo detalhadamente cada uma das vítimas, em mutirão. “Pelos extratos, a gente percebeu que a maioria dos saques era no valor de um salário mínimo e sempre feito em duas vezes, logo nas primeiras horas da manhã”, explicou a agente administrativa Vânia Ramos.
VÍTIMAS – Foi assim que ocorreu com o aposentado Orlando Pinto de Oliveira. O acesso à sua conta aconteceu às 6 e 7 horas do mesmo dia, resultando em dois saques, totalizando R$ 1.020. “Os valores variam porque alguns aposentados têm desconto por empréstimo consignado”, relatou o agente administrativo Gabriel Lisboa.
O aposentado Alcides Dias Cerqueira perdeu R$ 390 devido ao golpe. Assim que prestou queixa, cedeu lugar para outra vítima, Manoel Pereira da Silva, 70 anos. Exibindo um extrato detalhado, Silva mostrou que o saque foi feito na agência número 385, em São Paulo, exatamente às 6 horas, 16 minutos e 13 segundos do dia 5 deste mês. “Os miseráveis rasparam os R$ 320 que estavam na conta. Não deixaram um centavo pra mim...”
Dor-de-cabeça também para a aposentada Rosita Batista Santos, 60 anos, que só deverá ter dinheiro para quitar os débitos na próxima semana. Conforme extrato apresentado na delegacia, ela perdeu R$ 415, dinheiro desviado na agência 1817 em Campo Belo, interior de São Paulo. “Agora é esperar, né?”, disse Rosita, conformada.
XX
“Fiquei sem dinheiro pra fazer a feira e comprar meus remédios”, lamentou Maria Barreto Dias, 69 anos, uma das mais de 300 vítimas de um golpe aplicado por crackers paulistas em clientes do Banco do Brasil de Itambé (a 566 km de Salvador). As vítimas foram aposentados e pensionistas que recebem seus benefícios por meio desta agência bancária.
Com a cópia de uma queixa registrada na delegacia local, a aposentada aguardava a vez de ser atendida na agência para fazer a troca de senha e pedir o ressarcimento de R$ 420 desviados pelos golpistas. Os valores desviados variam de R$ 200 a
R$ 1.020. O montante furtado deve ultrapassar R$ 120 mil.
O gerente da agência, Manoel Leal, informou apenas que mais de 90% das senhas dos aposentados e pensionistas foram bloqueadas, e a maioria delas trocada. Ainda segundo a gerência, até terça-feira, o banco deverá ressarcir as vítimas. “Infelizmente não posso entrar em detalhes sobre os valores desviados, nem quanto ao número de pessoas lesadas”, finalizou.
O golpe foi detectado na manhã de quarta-feira, 7, quando grande parte das vítimas procurou a agência para fazer a retirada dos valores depositados em conta. “Quando fui conferir o saldo, só tinha R$ 5 e levei um susto danado. Até pensei que fosse o desconto do empréstimo, mas disseram que foi roubo”, relatou uma das vítimas.
SAQUES – De acordo com uma das atendentes da delegacia local, Érica Oliveira, em uma semana a equipe atendeu 293 vítimas de saques indevidos, sendo que a maioria dos golpes partiu de agências localizadas no interior de São Paulo. “O que eles (os crackers) deixavam nas contas variava entre R$ 5 e R$ 6”.
Para fazer o atendimento em tempo hábil, os plantonistas tiveram que fazer hora extra, desde quarta-feira passada, ouvindo detalhadamente cada uma das vítimas, em mutirão. “Pelos extratos, a gente percebeu que a maioria dos saques era no valor de um salário mínimo e sempre feito em duas vezes, logo nas primeiras horas da manhã”, explicou a agente administrativa Vânia Ramos.
VÍTIMAS – Foi assim que ocorreu com o aposentado Orlando Pinto de Oliveira. O acesso à sua conta aconteceu às 6 e 7 horas do mesmo dia, resultando em dois saques, totalizando R$ 1.020. “Os valores variam porque alguns aposentados têm desconto por empréstimo consignado”, relatou o agente administrativo Gabriel Lisboa.
O aposentado Alcides Dias Cerqueira perdeu R$ 390 devido ao golpe. Assim que prestou queixa, cedeu lugar para outra vítima, Manoel Pereira da Silva, 70 anos. Exibindo um extrato detalhado, Silva mostrou que o saque foi feito na agência número 385, em São Paulo, exatamente às 6 horas, 16 minutos e 13 segundos do dia 5 deste mês. “Os miseráveis rasparam os R$ 320 que estavam na conta. Não deixaram um centavo pra mim...”
Dor-de-cabeça também para a aposentada Rosita Batista Santos, 60 anos, que só deverá ter dinheiro para quitar os débitos na próxima semana. Conforme extrato apresentado na delegacia, ela perdeu R$ 415, dinheiro desviado na agência 1817 em Campo Belo, interior de São Paulo. “Agora é esperar, né?”, disse Rosita, conformada.
Um comentário:
Uma pequena correçao, não são crackers e sim Hackers
Postar um comentário