Patricia França, A Tarde
O ex-governador Paulo Souto (DEM) acusou o governador Jaques Wagner (PT) de “utilizar o aparato do Estado” para favorecer o petista Walter Pinheiro, candidato a prefeito de Salvador.
As críticas de Souto, que defende a candidatura de ACM Neto (DEM), foram feitas depois que Wagner anunciou, no programa de rádio Conversa com o governador, transmitido às terçasfeiras, a implantação do programa Ronda nos Bairros. A proposta fora anunciada por Walter Pinheiro, na semana passada, durante o horário eleitoral gratuito.
“Não se pode usar as estruturas de segurança e comunicação do Estado para beneficiar qualquer candidatura. Isso não é democrático e quebra as regras do jogo eleitoral. É um tipo de favorecimento com o qual a Justiça não pode concordar. Não houve nem o cuidado de se trocar o nome do programa”, disse o presidente do Democratas, em nota divulgada à imprensa.
O programa Ronda nos Bairros, segundo o governador, começa a ser aplicado amanhã, na região de Tancredo Neves, onde, informou ele, há o mais alto índice de violência da cidade. A Bahia, explicou Wagner, segue a “experiência bem-sucedida” do governo da prefeita de Fortaleza, a petista Luizianne Lins.
“Durante três meses será aplicada esta metodologia, que garante 24 horas de policiamento no bairro”, explica Wagner no seu programa de rádio. A proposta de segurança feita na televisão pelo candidato Walter Pinheiro, chamado Ronda 24 horas nos bairros também faz referência ao projeto de Fortaleza.
Para Souto, a administração estadual deve, sim, adotar providências “urgentes” para conter a criminalidade na Bahia.
“Mas lançar um programa anunciado antes na propaganda eleitoral do candidato do partido do governador é algo que foge de qualquer princípio democrático”, afirmou Souto.
O petista Walter Pinheiro disse, ontem à noite, que “não está preocupado com o que Paulo Souto acha”. Explicou que foi a Fortaleza, fez um projeto de ronda 24 horas e apresentou a Wagner, já que o município não tem polícia para isso. “Se o governador decidiu anunciar um projeto parecido com o de Fortaleza, ele é que tem que falar”.
Procurado por A TARDE, o governador Jaques Wagner informou, por meio de sua assessoria, que o Estado não criou nem inventou, em 24 horas, um programa de segurança para beneficiar algum candidato. O programa, que inclui a criação de um grupo especial para investigar crimes contra policiais, vem sendo planejado há algum tempo, envolvendo aparato operacional (pessoal), tecnológico e estratégia sofisticada de comunicação por satélite.
Professor em direito eleitoral da Universidade de Brasília, o baiano Augusto Aras defende o princípio da igualdade no processo democrático. “É preciso que se preserve a igualdade entre todos os candidatos, especialmente nos meios de comunicação social, para que os eleitos não sejam apenas aqueles que detêm a concessão de rádio e televisão, nem os que casualmente estejam aliados ao governos estadual e federal”, disse.
“Não se pode usar as estruturas de segurança e comunicação do Estado para beneficiar qualquer candidatura. Isso não é democrático e quebra as regras do jogo eleitoral. É um tipo de favorecimento com o qual a Justiça não pode concordar. Não houve nem o cuidado de se trocar o nome do programa”, disse o presidente do Democratas, em nota divulgada à imprensa.
O programa Ronda nos Bairros, segundo o governador, começa a ser aplicado amanhã, na região de Tancredo Neves, onde, informou ele, há o mais alto índice de violência da cidade. A Bahia, explicou Wagner, segue a “experiência bem-sucedida” do governo da prefeita de Fortaleza, a petista Luizianne Lins.
“Durante três meses será aplicada esta metodologia, que garante 24 horas de policiamento no bairro”, explica Wagner no seu programa de rádio. A proposta de segurança feita na televisão pelo candidato Walter Pinheiro, chamado Ronda 24 horas nos bairros também faz referência ao projeto de Fortaleza.
Para Souto, a administração estadual deve, sim, adotar providências “urgentes” para conter a criminalidade na Bahia.
“Mas lançar um programa anunciado antes na propaganda eleitoral do candidato do partido do governador é algo que foge de qualquer princípio democrático”, afirmou Souto.
O petista Walter Pinheiro disse, ontem à noite, que “não está preocupado com o que Paulo Souto acha”. Explicou que foi a Fortaleza, fez um projeto de ronda 24 horas e apresentou a Wagner, já que o município não tem polícia para isso. “Se o governador decidiu anunciar um projeto parecido com o de Fortaleza, ele é que tem que falar”.
Procurado por A TARDE, o governador Jaques Wagner informou, por meio de sua assessoria, que o Estado não criou nem inventou, em 24 horas, um programa de segurança para beneficiar algum candidato. O programa, que inclui a criação de um grupo especial para investigar crimes contra policiais, vem sendo planejado há algum tempo, envolvendo aparato operacional (pessoal), tecnológico e estratégia sofisticada de comunicação por satélite.
Professor em direito eleitoral da Universidade de Brasília, o baiano Augusto Aras defende o princípio da igualdade no processo democrático. “É preciso que se preserve a igualdade entre todos os candidatos, especialmente nos meios de comunicação social, para que os eleitos não sejam apenas aqueles que detêm a concessão de rádio e televisão, nem os que casualmente estejam aliados ao governos estadual e federal”, disse.
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