segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Direto da Praça

Por Paulo Pires

O Partido Verde e eu

.Há poucos dias, ingressei no Partido Verde. Nosso vice-prefeito Ricardo Marques me ligou no dia anterior pedindo para que eu comparecesse a um Café da Manhã no Caminho da Roça. Cheguei lá por volta de 10h30min, portanto sem apetite para o café. Na verdade, este era apenas um bom pretexto para reunir amigos. Conforme os bons pastores, Jesus quando queria reunir pessoas fazia uma recepção regada a bons e saudáveis acepipes. Foi isso que se deu naquela manhã. Só faltou Jesus, claro.


Meus amigos, confesso que a reunião foi ótima. Só vi caras boas. Prá ser sincero eu não estava disposto a me filiar a nenhuma agremiação partidária. Confesso não ter tempo para colaborar como deveria, portanto me sinto inepto para engrossar as fileiras de qualquer entidade. Mas o ambiente e as pessoas que lá estavam me são tão caras (na verdade elas são o maior barato!), que acabei não resistindo ao charme do Parido de dona Marina Silva.

Quando cheguei quem estava discursando era o deputado Mão Branca. As pessoas o ouviam com muita atenção e eu imediatamente me somei a elas para não perder o fio da meada. Ricardo Marques sucedeu a Mão Branca e disse que estava feliz por poder naquele momento dizer quem estava se filiando. E foi citando os nomes das pessoas (todas minhas amigas).

Fiquei tão entusiasmado com os nomes citados que levantei minha mão e disse que se não fosse vetado, colocasse o meu também. Nesse momento, meia dúzia de amigos aplaudiu minha decisão e depois dessa minha caída sentimental-partidária tornei-me o mais novo (no sentido de filiação) membro dos Verdes. Sem brincadeira acho que acertei na mosca.

O Partido Verde é uma agremiação muito interessante para o Brasil. Somos um conjunto de pessoas preocupadas com os rumos do Planeta, não apenas no sentido ecológico, mas também na limpeza dos encaminhamentos voltados para a dignidade humana. A nós não interessa ganhar batalhas se elas não representarem o bom combate. Só nos interessam causas construtivas, paixões merecidas e soluções limpas para tentar melhorar um mundo que vive situações histéricas.

Muito melhor que vencer é ter consciência de que nem sempre a vitória é o ponto final de um processo. Além da vitória existe a História, além da História existe a vida e paralela a esta, o que se exige é dignidade. Não adianta ganhar o mundo e perder a alma.

No dia em que o Partido Verde subir ao cume de nossa política, talvez seja esse o dia em que todos possam dizer: O Brasil deu o primeiro passo para entrar no seleto clube dos Países Civilizados. Os guerreiros verdes são diferentes dos outros e aquele Café da Manhã por si só já era uma demonstração dessa afirmação. Digo isso com certo acanhamento pelo fato de lá estar e agora ser um membro da agremiação. Mas qualquer pessoa que lá estivesse sentiria que pela primeira vez a cidade de Vitória da Conquista estava fazendo brotar um Partido com pessoas totalmente conscientes e identificadas com a sua missão. Tanto pelas causas quanto pelas cláusulas contidas em seu Projeto Político.

Não havia ninguém naquele ambiente que não expressasse um sentimento de orgulho (puro) por estar ali. Todos estavam super contentes, felizes, soltos. Sabíamos que aquele momento representava a continuidade das lutas empreendidas por intelectuais e ativistas que há muito se colocaram a disposição do Brasil. Quem não se orgulha de estar em companhia de homens como Chico Mendes, mulheres como Marina Silva e desbravadores como Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis e Juca Ferreira? A sensação que tive foi que os espíritos desses camaradas “baixaram” por lá. Melhor ainda: Sentimo-nos aplaudidos e congratulados pela nossa chegada. Eduardo Arêas (e o seu belo e enigmático sorriso monalisíaco), Raimundo Nova, Dirlêi Bonfim, Alcides Santana, Lucinho Ferraz, Carlos Morenos, Luciano PP (meu parente), Anderson Oliveira Santos, José Carlos D’Almeida e tantos outros fizeram a festa ficar mais clara naquela manhã solar. Quanto ao café, sinceramente, me esqueci. Mas em nosso próximo encontro, irei de bucho vazio. Tinha coisa demais prá comer, mas curiosamente, nossos companheiros não pareceram muito motivados para a comilança. Acho que nossa fome ficou restrita ao plano político. Valeu a pena. Se o amigo ou a amiga estiver em dúvida quanto ao Partido em que deva se filiar, não fique assim. Na dúvida, entre no PV. É um partido construído com muita dignidade e nele ninguém tem necessidade de aparecer. Ele se pensa como um conjunto. O Vereador Beto Gonçalves que auxiliou na condução dos trabalhos manteve-se numa discrição franciscana, assim como os demais membros da Executiva Municipal presentes, menção honrosa para o nosso secretário de administração Márcio Higino. Eu agora sou Verde e se você quiser ser, vá até a Praça Barão do Rio Branco. 1º andar do Hotel Aliança.


5 comentários:

Anônimo disse...

..., a dupla é forte! J Dean

Niver de Fatima disse...

Parabéns meu mestre Paulo Pires, quem diria que um dia aquele "papo de boemios" se tornaria realidade.Abraços do amigo Pedro Euvaldo.

AFRANIO GARCEZ disse...

Caro Mestre Paulo Pires, mais uma vez venho até tua veneranda e excelça presença, caso o Anderson resolva postar este comentário, a fim de dizer-lhe que fico feliz com a sua iniciativa de se filiar ao Partido Verde. O seu nome em tal sigla, somente mostra que já respiramos um ar novo de esperança, na renovação dos militantes políticos de nossa cidade, que somente tem a ganhar. Parabéns Paulo Pires. Parabéns Partido Verde.
Afranio Garcez.

PAULO PIRES disse...

Afrânio Garcez, Pedro Euvaldo Cairo e RGS

Grato pelos comentários e, como disse Pedro Euvaldo, há muito pensava um dia filiar-me a um Partido que tivesse por missão objetos e conteúdos relativos ao engrandecimento humano (em sua plenitude)e que somasse a isso o respeito ao Meio Ambiente. Penso que o PARTIDO VERDE é essa agremiação. O Pedro Euvaldo sabe que há mais de vinte anos já projetávamo um Partido com essa visão. Continuaremos fiel ao mandamento e ao dever cristão de existir e lutar por um mundo melhor.
Minhas saudações
e agradecimentos.
Paulo Pires

PAULO PIRES disse...

Ao J. Dean, peço agadeço também pela alusão a mim e ao Edigar (Mão Branca) como dupla forte!

Edigar é pura fortaleza com o seu canto telúrico, assum preto, natureza.

Grato, J. Dean.

Paulo Pires